--------------Eros II---------------
A busca de um lugar ideal!
Uma coisa intermediária entre si e
uma outra coisa por menor contraste
que seja, que possa inteirioriçar o "eu"
com o outro...
Uma monção de desejos...
em forma de conter vários destinos
em um só... manter uma vida a outra...
uma via a outra... um mundo ligado a outro...
sem lidar com o foco da existência real...
Mitos em forma de possíveis associações
entre o real e a útopia...
Para outros algo incerto, talvez, tal seja
apenas uma crença... uma desculpar
para ser feliz... fingir que não existimos apenas
para isso, logo, ter fim... frustação, talvez!
Trocar o verdadeiro por verdadeiros... contingentes
de nosso estágio... ou mutação...
ou simples hegemonia de nós próprios
que criamos...
TRANSCENDÊNCIA
ANGELA:
Frente a frente!!! a tua natureza implacável,
transida de amor ou dor?, paixão, mortalidade,
suas fieis transladas, estão sujeitamente
em tranco a ti! homem...
ANGELUS:
Sua natureza venusta vem em vereda de tua
secura, nossa!, intacta, venérea, veneta, vênia,
paixão venosa, volitiva, voraz, volúvel ao teu anelo
de ouro.
Nesse tropel de paixões, transes da venta, o beijo
tíbio de amar-te contra mim e ti mesma.
ANGELA:
Amar a choros de perdição!
Flama apetecida em seus males.
Tua boca saciando-me o vínculo, teu! Meu!
O doce solfejar dos lábios, impresso.
ANGELUS:
Palavras estacionadas! mudam
como sóis constantes.
Farsa!
Faça-me fogo, água.
Complete teu beijo,
[em minha glória!],
oh, fonte de águas tácitas!
Amo-te, pois, em segredo.
E odeio-te só em amor, dor.
ANGELA:
Suspiro!
Respiro!
Apago tua boca,
na fonte que bebemos,
salienta a fúria quente.
Sente-te a combustão.
ANGELUS:
Deito-me, deleitando-me em tua forma.
Os doces suspiros provocados, afagos,
toque de fino-leve na pele, necessitando
de calor, desfolhando a tua.
Trara a realidade destruída!
ANGELA:
Fatalidade!
ANGELA Y ANGELUS:
Como amantes!
Nós, filhos de Adão & Eva, ascendentes de Vênus,
guerreiros de Marte...
[ De Davys Rodrigues de Sousa]
Davys Sousa
(Caine)