Poemas :
7.º de um ciclo Bocageano
Quando o Franco escreve, cai mel
Na sopa abençoada, mas azeda,
Como se a rude trapo fosse seda
A palavra embrulhada, e de cordel
Ou laço, porque é guerra sem quartel
Para a triste palavra, mas que leda
Lá se finge, coitada e muito queda,
Não vá Franco afinar seu verso a fel.
Mas Franco cospe letras para o branco,
E eu digo que são más. Que malvadez,
Ò Bocage!, é Barbosa o Padre Franco!
Os seus versinhos lê de outra maneira,
Pois quando o Franco é franco e assim francês
Já não é triste a palavra, é estrangeira.
Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
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