Extinta fé, onde a alma carimbei sombria!
Sobre o peito a senti indolente, reclinada,
A noite foi erma sem “ela”, tão mal fadada!
Entre nuvens de desalento, o amor dormia.
Ela, sempre me trouxe as cores reais da alegria!
Nos ventos supliciais dos meus suspiros, ela voava,
Como anjo na ilusão, matizando em azul a alvorada!
Em meus sonhos se estirava, e em mim adormecia!
O timbre do coração em fervor a latejar...
O Amor por ela, só advirá a ser findo
Quando o dia se consumir na noite, e não voltar...
Mas porque perdi o meu anjo lindo?
Por ela velo, e as noites passo a chorar,
Somente em sonhos, continuo sorrindo!
Paulo Alves