Insólita e mortuária rejeição,harmonia funesta plena,
Do ocaso desfaz um dia em outono nublado d`alma,
Tua falta magoa e inflama a lembrança amarga,
Escoa o pranto e a nódoa esboroa-se no nada,vazio e raiva.
Contemplo ausência em teu silêncio e saudade
Marca o lento monólogo,a ferida aflita queixa-se,
Apenas o engano e a morte dilaceram a confiança e vida passa
Quando aquele que mais espera e batalha arrasta da derrota a mortalha.
O amor não mais que traiçoeiro enleio,
Da mentira a moldura perfeita completa-se,
Vibra o riso e freme no prazer outro segredo,
Na satisfação de quem distante ilude e machuca.
Amante cansado no reflexo de depertar
Despe a sensibilidade que arrruína e desperdiça
O vinho,falerno e existência que some na sombra perdida
Do que espera sempre o melhor daquela que admira.
A masturbação profundamente purificada
Da vã fuga precipita-se a lágrima e emudecida melancolia,
Áureo sentimento emerge,ambivalente reflexão e descrédito
Do amor infinita tristeza cala-se,perece eterno vislumbre.