Poemas :
5.º de um ciclo Bocageano
Como epístola ao rei, o aedo faz jus
À musa com seus versos d’além mar
Dando novas das terras que ao pisar
Pedro Álvares chamou de Vera Cruz.
E se vera é esta terra que seduz
Pelo sol, pelas gentes, pelo ar,
Por tudo que ao poeta faz cantar,
Como se a sombra fosse sempre luz.
E eu que parti, e parto novamente,
Entre Lisboa e Goa, afortunado,
Tive aqui o poema vivo e urgente.
Terra de Vera Cruz, terra de encanto,
Se o Sado em vosso ventre fosse nado
Era vosso este fôlego, este canto.
Xavier Zarco
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