EM ATENÇÃO À CRÔNICA DA ESCRITORA IVONE CARVALHO, PUBLICADA
TAMBÉM NO LUSO EM 09/02/2009, NA SUA PÁGINA.
SERTÃO REAL
(Jairo Nunes Bezerra)
Dois prédios conversavam. O primeiro, o mais alto (50 andares) disse para o segundo mais baixo (quatro andares): Tu sempre ficarás à minha sombra!
O poeta Jairo se sente com quatro andares, antes os elogios recebidos da grande escritora IVONE DA CONCEIÇÃO RODRIGUES
CARVALHO, consagrada poetisa por todos que a conhecem. E mesmo pelas suas publicações!
Realmente, se soubesse que seria lido por essa magnífica também Poetisa, teria sido expressivo em meu trabalho. Teria feito um exposição com mais minúcia do meu sertão. Falaria das galinhas caipiras e dos ovos
delas evacuados ainda quentes. Falaria do leite retirado pela manhã das cabras, da pimenta malagueta, das omeletes, do sarapatel, da galinha à cabidela. Citaria as corridas nos jumentos, o nado nos riachos, as lavadeiras à margem do rio acocoradas e desprevenidas, loucura para os olhos penetrantes das meninadas de tenra idade. Falaria dos colóquios amorosos nas redes, ao som nada ritmados dos armadores. Falaria também das lamparinas, dos namoros nas calçadas sob à vista dos pais. Da água resguardada em pote de barro. Da carne do Sol (carne seca) dos pisos de tijolos, do aproveitamento dos jornais que deixavam no corpo verdadeira tatuagem. E tantas outras coisas...
Realmente, o sertão das noites frias e luar fantástico, dos beijos inocentes roubados às pressas, figura com uma das maiores recordações dos tempos idos. Minha avó me extasiava com história de lobisomem, mula sem cabeça Pedrinho e Mariinha. E as chuvas?... Nem fale! Era Um grande incentivo ao plantio do feijão e milho. Muitas Vezes comi espiga assada na brasa e feijão verde com toucinho. E ainda completava o prato com torresmo {[toucinho frito em pequenos pedaços]. Para finalizar só me resta agradecer a Poetisa Ivone, pelo
Excelente trabalhos publicado na Usina de Letras, com O título “No alto sertão: Com saudade, viajei no tempo” E espero que todos acessem
ao site da Usina e leia o mencionado trabalho!
JAIRO NUNES BEZERRA
poeta
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