QUE SABEDORIA SABIA O SÁBIO
QUE ERAM DE SANGUE O SACRÍFICIO E O SAGRADO
NO CÁLICE CALAVA O BÉLICO
ENQUANTO O LENHADOR LENHAVA A LENHA
E O ROCEIRO ROÇAVA A ROÇA
QUE SABEDORIA SABIA O SÁBIO
QUE ERAM DE SANGUE O SACRÍFICIO E O SAGRADO
NO CALVÁRIO SANGRAVA O CRIADOR
ENQUANTO NA ROCHA RONCAVA O ROCHEDO
E A ROSEIRA ROSAVA A ROSA
QUE SABEDORIA SABIA O SÁBIO
QUE ERAM DE SANGUE O SACRÍFICIO E O SAGRADO
NAQ BARRIGA SE FAZIA A CRIATURA
ENQUANTO A TELHA E A DOR TELHAVAM O TELHADO
E A AMOREIRA AMORAVA A AMORA
QUE SABEDORIA SABIA O SÁBIO
QUE ERAM DE SANGUE O SACRÍFICIO E O SAGRADO
NA FÊMEA SE FAZIA OUTRA VIDA
ENQUANTO A LOUCURA LOUCA SE FAZIA NO LOUCO
E O PINTOR PINTAVA A PINTURA
QUE SABEDORIA SABIA O SÁBIO
QUE ERAM DE SANGUE O SACRÍFICIO E O SAGRADO
NO SACRAMENTO A FÉ SE RENOVAVA
ENQUANTO O LENHADOR, A ROCHA, A TELHA E A LOUCURA
PINTAVAM A AMORA, A ROSA E A ROÇA DO SÁBIO.
José Veríssimo