E Lia ria pela estrada nua
Que se lhe abria como caminhada
E perseguia uma ensandecida lua
Que se movia como se fosse alada
E Lia ria como quem fugia
Da primazia de uma sorte errada
Que lhe valia uma envergonhada rua
Que lhe acolhia como se fosse amada
E Lia ria como lhe aprazia
Como quem sorria do que pranteava
Chorava Lia como lhe cabia
Como bem queria do que lhe tragava
E ria Lia como quem urrava,
Do que suportava, do que lhe doia
Como quem amava Lia nao vivia
Lia so morria como quem vagava
George Arribas