Poemas -> Amor : 

a morte do ideal

 
paulo monteiro

quando ela foi asseverou que nunca
mais voltaria e não voltou jamais
até no dia em que mudou a vida
que após dia foi dia e nada mais

quando ela foi a vida se me trunca
ficando a noite presa nos meus ais
e entre meus dedos sua cabeça erguida
disse-me adeus calou-se e nada mais

quando voltou nem disse que voltava
como um tornado arrebatou-me ao léu
veio de volta porém não voltava

porque levou-me seu comparsa e réu
porque me fez um átila só dela
para matá-la e incendiar o céu


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
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PAULOMONTEIRO
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/02/2009 00:48  Atualizado: 09/02/2009 00:48
 Re: a morte do ideal
Teus escritos têm coerência...

Parece contar, em seu conjunto, uma história
de amores perdidos, urdidos no tempo.

Abraço.

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lustato@gmail.com