Acorda a realidade numa estrada mal percorrida
Chega como presságio matinal, em falsa hora!
Abrasam no rosto, puras lágrimas de aurora,
Embebe o pensar, uma morna chuva dissolvida.
O sol, seus clarões frios em mim chora!
Me recesso em receio da ávida eterna ferida!
Insistir acorrentar o passado à linha da vida
(Com sonhos, com a memória…
Pois se são algo que não existem, ou não mais existem.
Deveria carregar em mim a certeza,
Que são algo que vão contra a natureza)
Mas querer apenas viver o aqui, e o agora…
Paulo Alves