Acordei durante a madrugada, estava sentindo uma culpa enorme. Pobre de merda igual eu não tem psicólogo, psiquiatra, essas veadices todas. Eu precisava desabafar.
Abri a porta do meu quarto, logo de cara vi minha mãe de quatro sendo fodida pelo Josimar, o dono do bar. É estranho imaginar nossa mãe dando a bunda. Sempre pensamos nelas castas e puras, no estilo virgem Maria, no entanto, minha mãe estava lá dando o cu para o dono do bar. Eu não falei nada, fechei a porta do quarto, coloquei uma camisa e saí pela janela. Eu precisava desabafar.
Caminhando pela rua tive uma idéia, iria me confessar com um padre. Era o único jeito de desabafar e tirar a culpa da cabeça. Eu não iria naquela igreja de merda lá do bairro, que era fodida e de pobre, pois o Cristo havia sido assaltado, tinham roubado a coroa. Um cristo sem coroa não vale merda nenhuma. Decidi ir numa igreja de rico. Além de coroa, o Cristo deles tem cara de ator de Hollywood, é todo bombado, não se parece com aquele fodidão lá do meu bairro.
Dei sinal, um ônibus parou. Entrei. Vi um monte de gente, não sei porque de repente fiquei imaginando aquelas pessoas fodendo. Imaginei uma velha sentada no banco da frente fodendo com todo mundo do ônibus, uma grande orgia. Desci do ônibus, todo mundo que eu via na rua eu imaginava fodendo, dando o cu, gritando, falando putaria. Eu precisava desabafar.
Entrei na igreja, fui até o altar. Lá estava o Cristo todo bombado, olhos azuis, era um ator de Hollywood. O padre se aproximou.
O senhor vai casar? Ele perguntou.
Não vou não, quero me confessar.
Hoje não tem confissão, ele disse virando as costas. Em seguida, saiu rebolando até o altar, gingando com aquela bunda santa de veado. Parecia que queria trepar comigo. Eu não era veado.
Filho-da-puta! Você vai me ouvir, eu gritei. Depois saquei o vinte e dois coloquei na cabeça dele. O puto tremeu, começou a mijar e chorar. Aquilo me deu nojo, mudei de idéia na hora. Porém outra surgiu rapidamente. Levei ele até a sacristia, levantei a batina, desci as calças do puto, peguei uma hóstia.
Benze isto aqui! Eu ordenei.
Ele obedeceu. Peguei a hóstia e soquei no cu dele. Em seguida falei, queria dar o cu para mim, veado? Dá para Cristo, não para mim.
Saí da sacristia, dei um tiro na coroa e nos olhos do Jesus hollywoodiano. Fui embora. A vontade de desabafar tinha sumido.