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do amor

 
paulo monteiro

teu corpo é suave como a pluma leve
de um pintassilgo quando deixa o ninho
e como uma avezinha mal-crescida
procuras tonta as margens do caminho

levo emplumada a mão que fina escreve
busco prender teu corpo num delírio
e foges sorumbática e aturdida
como seu eu fosse víbora ou martírio

depois cansada paras minha presa
entregas-me teu corpo frio de medo
e após refeita como uma ave ilesa

adormeces na tarde e acordas cedo
já sem frio já sem medo linda e dócil
começando um trinado no meu dedo


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
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PAULOMONTEIRO
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 06/02/2009 12:20  Atualizado: 06/02/2009 12:20
 Re: do amor
o amor dá medo, até mesmo nos leva a uma fuga, mas quando o descobrimos vivemos em cantoria. amei. bj


Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 06/02/2009 13:46  Atualizado: 06/02/2009 13:46
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: do amor
Poema onde o amor é referenciado por conhecedora forma escrita e culta.
Gostei de ler.
Abraço


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/02/2009 00:55  Atualizado: 09/02/2009 00:55
 Re: do amor
Amigo, vc é forte, nos sonetos.
A rima parece sempre estar no lugar certo
como se não comportasse um verso branco na estrofe.

Parabéns.

Abraço.

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