Vejo-me no futuro a ficar explícita quero dar sentido ao meu poema!
Servi-me da minha intuição para ser a tal mulher, a desejada.
Apresento uma dialéctica ao meu espírito, encantamento.
Jurei um dia ser forte, pontual com sorriso movél, como agora.
Eu sei que já fui essa intimidade, fui muito amada.
Jurei amar até doer, juntei cumplicidade sem saber.
Com os olhos dormentes, tudo me fazia sonhar!
Paixões avassaladoras, encontros experientes.
Tudo em vão. Tudo deu em nada.
Enquanto as estrelas brilham na noite, eu brilhei ao dia!
Afastando de mim nuvens inquietas, proclamando poesia.
Abrindo ao sol o caminho da felicidade, amando.
Hoje vejo-me afortunada, de aprender um sentido contrário
Ao meu coração, como uma folha caída,
Sirvo de manto, sirvo de sombra no chão.
Iolanda Neiva
(muitas vezes falo só para mim,
e escrevo para que alguém me ouça)