Eu queria ter-te em meus braços Assim te acarinhar em meu regaço E te acercar com o meu abraço Dar-te o carinho negado ao teu espaço E da tua luta indefesa aliviar o cansaço.
Levantar feliz a tua bandeira Empunhá-la firme e altaneira De ti servir como uma sementeira Ver-te bela e sempre lisonjeira Sendo assim a estação primeira.
Sinto tanto ver-te tão triste assim! Do teu canteiro cortaram o jasmim Entristeceste-te por ti e por mim Ah! Minha querida irmã natureza! De ti, estão roubando a beleza.
Perguntas-me por te denominar irmã? Minha querida, bela e ingênua natureza Esqueceste? Somos filhas do mesmo criador! E é por ser tua irmã que sinto a tua dor Porque perdeste o brilho pelo devastador.
Amazônia! Amazônia! Devastada... Hoje piso no teu solo desesperada Por te ver tão triste e desamparada Da bainha tiraram a grande e vil espada Que te feriu ao longo de tua jornada.