A escadaria imóvel
Espelho figurativo da vaidade
Criança senta-se em frente à sua imagem...
Jovem relatando a sua morte fictícia.
Pratas desgastadas em móvel rural , pedaços de café na manhã submersa em agua fria...
Quietos escutamos os sinos do inferno...existem momentos que nem sempre estamos seguros mesmo de cintos postos.
No negro sentado escutamos os pingos caindo na casa de madeira apodrecida , sem brisas nem fogueiras para contar sentimentos de noites anteriores...que união nos faz abraçar neste momento ?
Barbas compridas do Homem sábio , jovem sem pontas brancas mas que chega para ensinar muitos velhos...
O corpo é apenas corpo , as únicas coisas que envelhecem é a alma e a mente.
Soalhos frios lavados nos tempos de verão expulsam crianças e jovens , loucuras as minhas vividas no subconsciente , álcool vidrado no meu corpo dançando de dor ao amanhecer...
O medo que trava a mente calcinada faz-nos parar no tempo e avançar nos ponteiros mortos para nos sentir-mos um pouco mais vivos.
O desconhecido é uma viagem de terror procurado em espaços solitários...nada encontramos a não ser o próprio...
Fim
"Lé-me , ó Leitor , se te agrada ler-me , porque muito raramente regressarei a este mundo."
Leonardo Da Vinci