Poemas : 

18.º de um ciclo ainda sem título

 
Eu sou o Esfinge Gorda, mas El Rei,
daqui e de além verso, sou o Mago,
embora seja sempre este Neófito,
que em verso, por catarse, se redime,

sou o que não tem mãe, e como pai
tem um livro de cheques que nem sempre
cumpre a hora de ser peso na algibeira,
sou Narciso que em espelho se faz Lago,

procurei insano o Outro que há em mim,
o Outro, o Ouro verdadeira da Alquimia,
mas fiquei sempre aqui, neste casulo,

crisálida que nega as asas porque
sabe que outro é o voo, outra é a escolha,
a escolha de ser Rei do seu destino.

Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
www.xavierzarco.blogspot.com

 
Autor
Xavier_Zarco
 
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