Sinto na irracionalidade exposta
( A mim mesmo ou a mim próprio... Nem sei!!! )
Traços agudos de consciência…
Mas sempre me dispo de leis e é na verdade Fingida que encosta a sentida mentira,
Ás faces de novas indecifráveis ciências,
Onde me sento e canso de ser eu.
Peço um intervalo ao tempo,
Não mo concede…
Nova ferida se abre no lábio
Que refreia silêncios pela voz dos enganos…
Pensei que me tornaria mais sábio
Com o exaurir de dias, semanas, meses, anos,
Mas tornei-me apenas velho, lento…
E não menos afim…
Não menos inverso ou diverso
A ser igual a mim,
e desigual a ser eu...
Olho fixamente para o solo,
Já em mais que triste vagar,
Vejo o todo, de quem penso que sou,
Em pequenos extractos a divagar
O que fui nos plenos restos de mim…
Paulo Alves