Doce brisa fresca na noite coberta de fumo espesso onde o meu olhar confunde-se em ventos suaves...
Festa e vinho prometido amargo do sofrimento da uva adormecida , acompanha-me esta noite como sedativo...preciso relaxar e enganar a dor por momentos.
Pálido , ausente e demente estou crente que a noite ainda espera por mim em sons de acesa chama na porta prateada.
Tempo eterno da palavras secretas do coração.
Vamos querida , entra no autocarro que nos vai levar para o ninho do nosso amor , terra distante , o caminho é longo...encosta a tua fase no meu colo , que mais posso-te dar nestas horas e caminhos duros do nosso amor...
Sentes falta de ar...aguenta , estamos a chegar da viagem dos sentidos da estrada estreita como uma veia perfeita que dá vida a um só corpo.
Esperamos num banco duma estação que venham-nos buscar...estávamos tão juntos e cansados , por momentos tudo foi eterno...
Preciso tanto do teu amor...
Explosão de sémen ! tudo parece acabar por fim num suspiro sozinho e enganador.
Estas sempre ausente , ando sozinho pelas ruas e espero no final que chegues para abraçar-me.
Passamos o tempo no sofá onde adormeço calmamente , como da primeira vez que acolheste-me nos teus braços...e eu abri o meu Mundo num dia de verão acidentado que fechou-se na distancia que nos separou...
Na estrada que brilha , brilho do gelo ainda por derreter , ainda sinto-me confuso em tudo que aconteceu , recordo mas pouco sinto os momentos em que o destino segue sem nos avisar das suas partidas.
"Lé-me , ó Leitor , se te agrada ler-me , porque muito raramente regressarei a este mundo."
Leonardo Da Vinci