Luso-Poemas
 
Poemas : 

16.º de um ciclo ainda sem título

 
Tomo posse da minha morte, tomo
posse com estas mãos que deus me deu,
mesmo que deus não haja para me as
dar, mesmo que as palavras sejam ocas,

desprovidas de luz, sejam amorfas,
mas súbito é o assombro de a deter
sob a pele, sobre a pele, como se em mim
nada mais real fosse do que a morte,

como se tudo, nado e por nascer,
se resumisse à lágrima, ao grito, ao
esgar inicial, tudo germina

como acto derradeiro, tomo posse,
assumo, desta que é a minha morte,
porque se a cumprir, cumpro-me a mim mesmo.



Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
www.xavierzarco.blogspot.com

 
Autor
Xavier_Zarco
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
678
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
1 pontos
1
0
0
Recentes
[há dias assim, dolce fare niente]
1640
[como rosa não choro pela pátria]
[gira no gira-discos manuel de falla]
[sei]
Aleatórios
[vai leonor tão cansada]
8.º de um ciclo ainda sem título
Leituras 3 - Henrique Pedro
SONETO AO INSULTO,
[acordamos]
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Carolina
Publicado: 31/01/2009 20:49  Atualizado: 31/01/2009 20:49
Membro de honra
Usuário desde: 04/07/2007
Localidade: Porto
Mensagens: 3422
 Re: 16.º de um ciclo ainda sem título
As tuas palavras não são ocas nem providas de sentido, são certeiras porque "...se a cumprir, cumpro-me a mim mesmo."

Gostei de ler, parabéns.
beijo

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre