Amores que convosco vivi,
Que me fiz eu tanto por perder-vos?
E se tanto eu vós perdi,
Como posso agora após tudo, esquecer-vos?!
Se tão intensamente amei,
Por que foi então que eu vós perdi?!
Não sei!...Só sei que bem sei,
Das felicidades que convosco pude muito senti!
Vedes?!...Em vós feneceu,
Os olhos que há muito correm no vazio!
E tanto em vós morreu,
Que não mais refulgem nas águas desses rios!
Amores indizíveis,
De um outro tempo!...De antes!...De outrora!
Como fostes insensíveis!
Sim!...E dizeis-me, por onde vós andais agora?!
E se ainda andais, não vacileis,
Que o vacilo é amigo dos medos e das solidões!
Ides às fanfarras com os reis,
Contudo em quantos deles vós sois bufões?!
Vedes como vossos egos murcham?!
O meu vai altaneiro, no andor das carruagens!
Outros, nos peitos ainda estufam!
Mas os vossos?!...Os vossos são pastagens!
Quando a noite vai alta,
Vós deveis chorar nas lembranças que pranteei,
Sim!...Como eu choro pela falta
Dos carinhos que nos vossos regaços deixei!
Bem sei que eu vós perdi,
Porém, meu coração é vosso em todas as vindas!
E se vossas passadas tornarem um dia aqui,
Será como se elas daqui nunca tivessem saídas!
(® tanatus - 30/01/09)