Quando me vem um instinto a procurar expressar-se, sair de dentro de mim, e ganhar mundo, na ânsia de revelar o mais oculto, o mais alto e verdadeiro, ISSO É POESIA.
Delicioso e impensável vício, que nos enleva ao invés de rebaixar. Esse é o vício que gosto de ter. Devo por ele viver, devo me retroceder para no poema valer.
Eu quero sua alma alimentar, quero suas dores lenir, quero lhe mostrar o quanto há do outro lado, o quanto há de belo, lindo, inédito e inaudito.
Ah! Se os filhos nos ouvissem, se ouvissem a voz das musas... Ah! Eles iriam encontrar o caminho que dá beleza sem nada tirar, sem exigir, nem na calada espreitar.
Tudo de belo que em nosso interior reluz, está ali bem pertinho querendo saltar. Saltar como do orvalho salta o brilho do Sol que nasce contente pela linda manhã.
Neste nascer glorioso eu vejo tudo aquilo que no espelho da noite se escondia. Percebo então quão inútil tinha sido minha busca em paragens estranhas.
Tudo ali está. Tudo aqui está. No meu, no seu coração, na vontade louca de sua alma e no convívio secreto dos jardins dos mais deliciosos afetos.
Quando me vem esse delicioso vício, eu vivo, olho nos seus olhos, permito um leve sorriso e lhe convido, num forte abraço: lembre-se do seu Universo, que, completo, reina pra sempre na sua mente infinita...
Xenon – o Mentalista
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