O manto opressivo no céu sufoca,
Desaba sangue redentor,
os olhos fechados de Deus estão voltados para o interior dos sonhos,
Cuspimos em suas feridas eternas.
O diáfano canto do nublado amanhecer,
Oh,o frio que jamais corrompe o anjo
Tecerá sobre nós uma paixão de suicídio e estações que vão sem retono,exílio derradeiro.
A mulher inclina-se junto ao lago,
Beija o querubim morto
Entorpecendo o palustre lábio
Da lágrima que se revela límpida como fim plácido,
Um orgasmo rígido enternece o ícone febril
Mergulha no pântano e desaparece com meu desejo,
O amor é a maior das ilusões.
Eu prefiro a solidão do campo,
Canto de mãos dadas como o anjo,
O sono inifinito a minha espera resvala na noite próxima,o repouso virá na aurora,tempestade.