O homem não vive, nasce e morre, Mário, deixou escrito o mestre Pascoaes, se o homem não vive, não escolhe a própria hora de se fazer à estrada a que chamamos
vida, por que não, Mário, fazermos nós a inscrição que a branco nos impõem se destino existir, e assim vencê-lo, embora feito fique e permaneça
na voz do outro, o que diz, era o destino, mas, cá dentro, sabemos que foi nossa essa caligrafia que se exibe
perante o olhar surpreso de quem passa, nós fomos detentores da alforria e, por isso, de facto, nós vivemos.