Luso-Poemas
 
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12.

 

. façam de conta que eu não estive cá .

a tua morte é serena meu amor. começo por comer-te os dedos dos pés e depois avanço, sorrateira, no meu modo calculista de andar, pé ante pé, a comer-te os músculos, os ossos, a pele, a carne do corpo, as veias e artérias, o sangue, a chegar-te aos olhos, às pupilas e a ver-lhes a maré, cheia, maré cheia em tarde calma. a tua morte é serena, meu amor. já sem tendões caio estatelada contra o teu coração, enquanto este se desfaz em mil estilhaços. no eco surdo do horizonte ouve-se o tiro, dado pela mão certeira. a tua morte é uma guerra, serena.
 
Autor
Margarete
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o não barulho.
a que dói.
a segunda.
a pequena.
arma dura
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Adormeces-me na palma da mão...
Rascunhos
Especial (como tu)
Dói-me a Alma
Mórbido
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onde se lê esperança deve ler-se agonia: território banal, delimitado e sempre longe.
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Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 28/01/2009 19:20  Atualizado: 28/01/2009 19:20
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3408
 Re: 12. p/ Mar
Doze são os meses do ano, os caminhos que passeamos, os desejos que percorremos e mesmo assim não são suficientes.

Beijo de (s)Al

Enviado por Tópico
Tytta
Publicado: 29/01/2009 22:52  Atualizado: 29/01/2009 22:52
Colaborador
Usuário desde: 22/02/2007
Localidade: Portugal
Mensagens: 789
 Re: 12.
Amiga Margarete,
adoro a tua escrita sempre tão intensa... que se chega a sentir "cá dentro".
Jinhos, Tytta

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 03/02/2009 11:59  Atualizado: 03/02/2009 11:59
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: 12.
Mar,

Mais um belíssimo texto, como é seu apanágio.

Beijinho

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 09/02/2009 01:05  Atualizado: 09/02/2009 01:05
 Re: 12.
Estou a ler-te de forma decrescente! Tu escreves maravilhosamente bem. Tens um estilo único! Por favor não pares!

Vou levar-te

Beijo azul

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