MAR
Ó mar que tantos mistérios guardas,
o palco da vida tu és,
e anuncio da morte tu mostras,
quantas lágrimas em ti derramadas,
quantas histórias de ti narradas,
são feridas de sangue nas tuas costas.
Do mais valente ao mais fraco,
sempre foste o mais cobiçado,
e no fundo o mais mal amado,
mas é essa a tua grandeza,
pintada nas cortes da realeza,
aquele que jamais foi domado.
Almada, 24 de Janeiro de 2009 - Paulo Lourenço "Ramiro de Kali"