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Se nas pinturas eu discutisse...
O que era o amor...
E o que seria...
o mais casto desses amores...
o platonicamente beijo...
teria eu de pintar...
numa tela manchada de puro talco...
Encheria o quadro de pétalas de rosas brancas...
Onde te deitaria...
Coberta de um véu branco...
Coberta do pó das estrelas...
Teria de te emoldurar no meu quarto...
E eu platonicamente apaixonado por ti...
Deixaria de comer...
Deixaria de beber...
Porque apaixonado por tão puro ser...
Ficaria colado nos teus traços...
Por mim desenhados...
Por mim inventados...
ser tirado da minha cabeça...
ser tirado dos meus sonhos...
inventas-te os meus desejos...
inventas-te os meus mandamentos...
e enfeitiçaste-me a mim...
tu que só és uma figura...
da mitologia do meu cérebro...
e eu...
Morreria nesse quarto...
Para não ter...
De descruzar o meu olhar...
Desse tão altivo altar.
Alexander the Poet
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