Palavras são como formigas.
É através da sistemática e repetida,
construção, de seus ninhos,
de território em território, que
as formigas vão adquirindo,
conhecimento, através de uma
memória comum, fazendo-as evoluir,
para o seu bem-estar e o da colónia,
de cada vez mais renovada.
Muitas vezes violentados, os ninhos,
socorrem-se de sua bravura,
levando-as a nunca desistir, de
propagar, entre, umas e outras,
o que aprenderam, com o tempo,
transmitindo-lhes a sabedoria,
que não pactua, com o desleixo,
e faz sobressair a compreensão e
a perfeição, tal qual a palavra dita.
Pedaço a pedaço, movendo a terra,
elegem a comunicação, como
forma de equilíbrio e de um esforço,
conquistado pela perseverança,
numa insistência, levada até aos limites,
que faz destes pequenos seres,
formas de vida inteligentes, trabalhando
dia e noite, para alcançarem, através da
informação, as recuperadas casas.
Quando a palavra é feita de verdade,
e, sai à rua, escolas e postos de
trabalho, sendo flexível, para aceitar
algumas divergências, nunca fugindo,
de seu estatuto predominante,
fazendo-a lutar, pelo que considera
ser, o mais ideal, no exacto momento,
onde espalha a sua imensa ciência,
é tal qual as formigas… nunca dorme.
Jorge Humberto
24/01/09