Eu estou morto e tu és o entardecer formoso,
Não desejo velórios,prefiro a noite,
A não ser que a luz de aurora lúgubre enterneça o sono
E meus olhos rompam-se como nódoas de sangue,
Viver jamais valeu a pena,nunca houve aquele motivo.
Surrado com veias dilaceradas,
Cantando para os surdos do outro lado,
Densos passeios além de um infinito pesar,
O que houve conosco ?
Dias que decompostos ratificaram anseios,
Flébil canção da paixão frígida desabando a nuvem,
Estamos todos caminhando para o fim dos momentos adequados,
Das lembranças e carícias dolorosa diluência de lágrimas,
Solidão apenas.