CRASH 25
sobre os joelhos, nos joelhos, a procura do lábio
e da ferida na língua do muro, entre a face e a face
para lá do beijo, crash doces as pedras as cerejas
e as fambroesas no teu umbigo largo,a casa abre-se
de longe em longe , e os animais, ama-me como o cavalo
no verde crespo negro no esplendor obscuro
negra linda linda com óregãos de Silves e bem
amada, dona, a teu lado vivo a respiração cresce
a lágrima da cevada solitária, os cruéis dias , detrás de
mim dorme acercando o branco em sua folhagem quente
sobre os joelhos abre o sábado e o domingo tardes reais
onde ma falta o tempo e amor meu no medo do oceano
José Gil
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