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Filhos do Nada

 
Manto encardido de sangue
Enxuga o rosto enrugado pelo tempo
Ossos cadavéricos saltam à dor
Olhos clamam sem encontrar direção
No chão em brasas agoniza o amor
Em volta expressões vazias
Ali jaz o filho do mundo sem rumo
Do ventre de Maria parido
Na labuta sem trégua abandonada
Sugou pras bandas do nada
Seu feto pródigo marginalizado
Agora ali esticado a mercê das moscas
No murmúrio do disse me disse
O silencioso choro da mãe agonizante
Punhal que dilacera a razão
Todos na contramão
Frutos podres criando gerações.

Jamaveira


Jamaveira - O medo escraviza a Alma

 
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jamaveira
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Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 24/01/2009 15:28  Atualizado: 24/01/2009 15:28
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 Re: Filhos do Nada
Todos na contramão mesmo, adorei o poema com uma mensagem gritante.

Beijos