Do poema, sangra uma lágrima perfeita,
E escorre pelas mãos, em frases doloridas!
E da agonia que pulula, o amor enfeita,
De saudade, as lembranças mais queridas!
O poema que me salta das mãos é tão triste!
É o que me vai à alma, assim, dilacerada!
E escrito em frases mortas o que nunca viste,
Vão-se às páginas do diário, amareladas!
Sim!...E marcadas no tempo, às páginas ficaram!
E no poema inacabado, no verso mais belo,
Ainda procuro as frases, que muito me faltaram!
E quando à noite alta, o céu imerge na escuridão,
Vou escrevendo nos poemas mais singelos,
Os sonetos que tanto me machucam o coração...
(® tanatus - 23/01/09)