“...gira o carrossel lentamente,
levando as lembranças perdidas...
leva assim tanto amor,
nos giros esquecidos da vida...”
(® tanatus)
Em volteios, as lembranças mais puras,
Giram, aprisionadas, na plataforma de um carrossel...
E girando a meio, entre tantas figuras,
Vão perdidas nos cinzelados cavalinhos sem tropel...
A vida, desse modo, vai por mim passando!
E sobe, e desce, e sobe, volvendo na imaginação!
Vai entre mil e uns caleidoscópios girando,
Como pêndulos que giram oscilantes num cordão!
Entre voltas, vai girando o brinquedo, lentamente...
E em tantos rodopios, leva os meus carinhos,
Em sorrisos e volteios e sorrisos mais freqüentes...
Em círculos, campeia a vida, às barras de um alazão!
Passa girando como giram os cavalinhos,
E gira nos volteios que mais giram à minha solidão!
(® tanatus – 25/11/08)
"O poeta é um fingidor,
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor,
A dor que deveras sente"
(® Fernando Pessoa)