Meu rosto observa a calçada,
Aquela que passa correndo
Por entre meus passos na chuva.
Calçada que vai escorregando,
Perdida no tempo e nas horas
Em que a chuva cai na minha face.
Meus olhos se rasgam pelo vento,
Aquele que vai divagando na minha alma,
Arrancando humidade do meu olhar,
Não fosse a chuva que acalma,
Não fosse a chuva que teimava a dançar.
Não fosse este caminho da calçada,
Este caminho em que a chuva se deleita,
Deixando a vida abençoada,
Permitindo à vida uma nova colheita.