Levaste contigo a ultima centelha de vida,
Plantaste indiferente, em mim o tormento!
Abdiquei de ter razoes, ou voz de firmamento,
Deixei pontos abertos em cada maltratada ferida!
A alma em arrebatado desejo teima, e não te olvida!
Tua imagem cobre-me o chão do pensamento,
Não te ter, é punição, que mata aos poucos o alento,
É a derradeira decepção por mim mais que temida.
Vago extremos, mas não me evado do castigo!
Sempre me defronta a todo o instante
A ideia que feliz, seria apenas contigo.
Ouço em anseio ou devaneio constante,
Anjos que me sussurram ao ouvido,
A saudade que me mantém perpetuamente delirante…
Paulo Alves