As folhas caem e surgem as flores,
Amarelas!...Roxas!...Descarnadas solidão!
Pintam no espaço outras cores,
E formam um tapete sem viço pelo chão!
De matiz cinza violeta e furta-cor,
As flores vão se espalhando sobre o rio!
E em volteios, no hialino vapor,
Elevam-se tão tristes num vórtice vazio!
As tristezas de tantos sonhos que passam,
Assombram-me a vida, como o tempo,
Dos corações as saudades não disfarçam!
Caem as flores! Rolam dispersas pelo chão!
Deixam-se levar pelo vento!
No outono da minha embalsamada solidão...
(tanatus - 26/09/2005)