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dez.

 


. façam de conta que eu não estive cá .

há um conceito que salta das tuas artérias, em sangue explode nos lábios. doem-me todos os ossos do coração hoje, desde manhã, quando o nevoeiro me comeu as mãos. queria escrever-te mas agora não sei como, as palavras que se dizem difíceis ardem-me na boca, os dentes de cinza pintados desenham esta certa ausência, amarga. consegui esquecer-me de ti, só por um instante, enquanto o corpo maneta berrava uma saudade menor, só tamanho dos ossos que me doíam.
 
Autor
Margarete
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Enviado por Tópico
Vera Sousa Silva
Publicado: 22/01/2009 15:33  Atualizado: 22/01/2009 15:33
Membro de honra
Usuário desde: 04/10/2006
Localidade: Amadora
Mensagens: 4098
 Re: dez.
Dorido, mas com uma escrita ao teu nível (excelente)!

Beijo

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 22/01/2009 17:39  Atualizado: 22/01/2009 17:39
 Re: dez.
recomecei a ler-te aqui pelo dez.
tenho dado pouco tempo ao Luso...

não tenho palavras...
vou ler tudo...
direi depois...

pode um comum leitor dar uma opinião de jeito acerca de um escritor genial?
uma questão a ver...

Bjs.

Enviado por Tópico
Alemtagus
Publicado: 22/01/2009 22:52  Atualizado: 22/01/2009 22:52
Membro de honra
Usuário desde: 24/12/2006
Localidade: Montemor-o-Novo
Mensagens: 3408
 Re: dez. p/ Margarete
Dez, são estas duas mãos ainda cheias de nada, que escondo de quem teima vê-las.

Beijo

Enviado por Tópico
António MR Martins
Publicado: 22/01/2009 22:59  Atualizado: 22/01/2009 22:59
Colaborador
Usuário desde: 22/09/2008
Localidade: Ansião
Mensagens: 5058
 Re: dez.
Mar,

Como trabalhas as palavras,
doce ou rudemente...
E transmites mensagens,
de forma polivalente...
Ecoando sentidos
de vozes livremente...
Em contextos diversos,
sempre de molde diferente...

Ao poema dez a minha admiração pela grande escritora que és...

Beijinho