Da mão espalmada jaz o quer restou de leve
Esquentando a solidão mal amada de quem sofre
Almejando incessantemente a incrível paz interior
Do frio nasceu o canto- Pobre menina que chora na rua.
Do gozo fervente sobrou água boa de beber
Saboroso e ardente o gosto da navalha que desce do umbigo dela
De meus dias angelicais desejei tal afinidade,
Do rio na face rubra- Menina, não chore de novo.
De meu peito fogoso quem dera nascesse o dia
E invadisse o pressentimento de inércia total do ser humano,
Porque da folha cresce o sabor da gente- Menina nao chore.
Ainda bem que hoje ela parou de brotar tristeza,
Ainda bem que da semente que cai hoje na terra,
A menina só tira os fiapos pra deixar o que há de bom nascer do meu lindo chão.