Lua que ilumina com sua luz de prata!
Clareie meu amor enegrecido pelo véu da noite.
Oh, Lua imponente erguida sobre manto estrelado!
Sopre o vento frio de noites quentes; arauto da primavera.
Leve meu lamento por montes e florestas.
Filha dos céus; irmã do sol; obra divina!
Hei de encontrá-la nas águas cristalinas,
refletida em margem serena.
Oh lua que fascina com sua beleza singela!
Leve meu coração nesta noite a qualquer donzela,
onde quer que sua luz entre pela janela,
para que sejam tocados noturnos e sonatas,
dedilhados em tom menor.
Faça de sua brisa minhas mãos
ao tocar a pele branca e macia
no adagio das notas longas e vazias.
Oh lua imponente, ouça bem o meu lamento!
Acolha bem os meus sonhos:
lugar onde seu reino é eterno
em um momento.