(para ti Nanci Laurino)
Aconchegada tua cabeça, de encontro ao
meu peito, eis perco-me em carícias mil,
brincando com teu cabelo, e,
segredando-te aos ouvidos, a importância
de teu ser, para mim, e, o quanto, te amo.
Sorris-me meigamente, de olhos fechados,
absorvendo todo o carinho, que te
dispenso, em minhas mãos frutuosas,
que, fazem renascer, em ti,
toda a graça e beleza, que há numa mulher.
Vendo-te sorrir, em absoluto silêncio, também
eu, me ponho a sorrir, quase numa mímica,
que sempre nos acompanha, nestas horas,
de total comunhão, enquanto eu me passeio,
pelo róseo de teus lábios, bem delineados.
Conheço de cor, todos os contornos, de teu
rosto, e, fechados os meus olhos,
descubro-te, uma vez mais, percorrendo a
suavidade de teus traços, por entre a macieza,
de tua pele, qual fosse ela feita, de veludo.
Pareces dormir, em meu colo, no sentir-te
protegida, pela minha presença e pelo estímulo,
que não canso de demonstrar, a cada instante,
enquanto te vou aconchegando, com
os meus próprios braços, rodeando teu corpo.
Soltando um leve trejeito, que, sei ser, de
satisfação, acordas, e, num largo sorriso, tão
teu, olhas-me embevecida, por toda a
devoção, com que te acolho, em minha vida,
e, qual criança inocente, deixas-me, um olá.
Não se fazendo esperado, o tão ansiado beijo,
logo se consuma, parecendo perder-se, pelo
tempo afora, e, o mundo pára, por breves
momentos, para aceitar a doação, de nosso
amor, em lindas bandejas, de ouro e de verdade.
Jorge Humberto
18/01/09