paulo monteiro
a forma de sangue
toma conta do punhal
o sangue rola
rolando o sangue deixa
a forma de sangue e toma
a forma de um rio de sangue
que tem a forma de sangue
o punhal desenha-se
nas formas de sangue
sento num banco qualquer
a manchete de um jornal
desperta a minha atenção
tráfico humano
trocou o filho pequeno
por um pedaço de pão
do livro inédito eu resisti também cantando
poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos