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sangue

 
paulo monteiro

a forma de sangue
toma conta do punhal
o sangue rola
rolando o sangue deixa
a forma de sangue e toma
a forma de um rio de sangue
que tem a forma de sangue
o punhal desenha-se
nas formas de sangue
sento num banco qualquer
a manchete de um jornal
desperta a minha atenção
tráfico humano
trocou o filho pequeno
por um pedaço de pão
do livro inédito eu resisti também cantando


poeta brasileiro da geração do mimeógrafo pertence a diversas entidades culturais do brasil e do exterior estudioso de história é autor de centenas de artigos e ensaios sobre temas culturais literários e históricos

 
Autor
PAULOMONTEIRO
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/01/2009 12:02  Atualizado: 19/01/2009 12:02
 Re: sangue
todo poema de cunho social tem profundo sentido. este no qual li e reli, entendi que mostra a realidade de familias: antes que a vida de seus filhos sejam ceifadas e acabe em sangue, entregam seus filhos a cruel realidade por migalhas. tentei entender. bj