Sobre teu jazigo
Uma oração,
Suave, recito...
E no cemitério vazio,
Ainda ouço teu grito!
Teu desespero,
Perder-se no infinito!
Teus olhos insistem
Em procurar,
No meu sofrimento,
A vida afinal...
Perdida nas pedras
Do frio quebra-mar...
Num gesto impensado!
Num mergulho fatal!
Quebraste nas pedras!
E o sangue tingiu,
De tinto vermelho,
As águas do rio!
E nas noites sofro tanto por ti!
E ainda pergunto aos anjos!
Por que a levaram de mim?!
(® tanatus – 07/01/99)