Quero voltar a sorrir, no meu Rio quero rir.
Quero como antes ouvir, lindas prosas, belos versos,
Nas quentes noites olhar, para o céu e poder ver
O estampido dos artifícios, dos fogos, junto a você!
Rio do riso e do samba... Da bela Copacabana,
Das mulatas, sempre belas, pelo mundo admirado,
cobiçado pelo mundo, pelo mundo desejado!
Cidade Maravilhosa, cidade cartão postal,
De infindável beleza... Que infernal se tornou,
Porque o crime organizado, o Rio, desorganizou!
Da cidade Maravilhosa, fez à cidade do horror!
Subindo e descendo as ladeiras, das favelas do meu Rio,
vejo o exército de arma na mão, a procurar um arsenal,
deles próprio roubado... Ousadia sem igual!
Dos telhados dos barracos, celulares anunciam...
Crianças empunham armas em plena luz do dia!
Em uma grande campanha, foi o cidadão desarmado,
e, o arsenal dos malandros, com certeza aumentado...
Qualquer dia... Vejo o Cristo Redentor, cartão postal,
De braços abertos no alto, sair da posição normal,
Ter que cruzar os seus braços, defendendo-se então,
Para que as balas perdidas, não lhe atinjam o coração!