De entre as mais bonitas, rosas brancas,
que a natureza, me deixou, para eterna
contemplação, e o verde do campo,
por baixo de altas árvores, protegendo-te
do sol, que baixo se encontra, planta a
planta, com toque de artista, faço nascer,
uma rica almofada, para que lá, possas
pousar, tua linda cabeça, e, assim, admirar,
a metamorfose das nuvens, sempre que,
por aqui, fizermos o nosso caminho.
Subirei, de seguida, às árvores, e, uma a uma,
colherei, dentro de minhas roupas, várias
folhas (das mais tenras), para, espalhando-as
pelo chão, fazer-te uma cama, bem acomodada,
encontrando-se com a almofada, toda feita de
belas rosas, rosas brancas, tranquilidade da
natureza, no fascínio do sossego, de teu ser,
enquanto pessoa, que chama sempre a si, o belo
e a conjugação mais perfeita, com o que a rodeia,
nunca aí encontrando, qualquer desacordo.
Cantam alegres os pássaros, entre a folhagem,
e, alguns, não contendo a curiosidade, descem
para ver o lugar de teu descanso, sempre que
por aqui passarmos, para comungarem, de tua
presença, e, modéstia, à parte, aplaudirem a
singeleza, de minha arte, que eles sabem, ter-me
exigido esforço, mas, mais ainda, amor, que eles
realizam, de há muito, nutrir por ti, pois que, nós,
como seus vizinhos, constantemente os visitamos,
já que, de há muito, pactuamos com a natureza.
Timidamente e não seguro de minha obra, peço-te,
em baixa voz, que, experimentes a cama, mais pura,
que sói fazer, para teu conforto e bem-estar, num
casamento, que logra alcançar, a unidade, num todo.
Não te fazendo rogada, e, humildemente, aceitando
meu pedido, fizeste por estrear o leito, de folhas e de
rosas brancas, e, feliz, fiquei pois, por ver, em teus olhos,
verdadeira aceitação, deitada comodamente, escutando,
na sua real acepção, o Universo, a toda a tua volta,
compondo uma sinfonia, que, só quem ama, escuta.
Jorge Humberto
17/01/09