Beija-Flor
Adejante aéreo, acrobata plumoso,
Que o nectar das flores paira à libar.
De flor em flor na primavera a bailar;
Frêmito régio em zunido harmonioso.
A luz em revérbero, plumas iridescentes,
Qual raio solar fragmentado no diamante.
Célere balé alado; vai e vem incessante...
Helicóptero biológico, cometa refulgente.
Roxo, esmeralda, violeta, azul-turquesa,
Ímpares asas girantes, que em oscilação,
Pairam em submissão, à lei da natureza.
Magnificante projeto do supremo Criador
Rodopiante fenômeno, diminuto passarinho
Deleite à humanidade! Colibri ou Beija-flor.
Máximo Enio da Silva
Halo Solar
Nos dias resplandecentes, tempo hibernal,
nuvens altas, plumosas, frágeis, dão ao céu
opalescência branco-leitosa, tal qual véu,
Anéis brilhantes no espaço, fulgor sideral.
Refletidos cristais de gelo, refração da luz;
Círculos concêntricos, cores nobres, ao sol.
Maquilam o espaço, qual arco-íris ou arrebol
Celeste excitação... Ao olhar humano seduz!
Raro fenômeno flutuante, silencioso no ar.
Esplendor à retina... beleza harmoniosa
Plano-mestre das galáxias, razão a admirar.
Será um crepúsculo ruím, sinal de destruição?
Prenúncio do tempo do fim? - O Armagedom?
Não. - É dádiva de Deus; Maravilha da criação!
Maximo Enio da Silva