Só te faz o mar, o sonho... Barco de papel vogando, navega ele numa palavra de tinta longe... Casco de sal tímido palmilhando o sopro, as pegadas açucaradas de um brilho... A mão ao leme mareia o silabar das estrelas, esse quadro sinóptico celeste... Essa renda de pontos luz, universo de um destino... E eis as velas ouvindo da noite brisa, respirada em versos de areia, a ilha quimera que se descobre em praia dia...O mar fê-los...
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva