Numa festa de arlequins dançantes e aprendizes de amores, quitavam-se desejos a pedido... Ela, fada maior leve e de sorriso, pede-me que o diga... “Que desejas tu, rapaz azul, além dos passos que danças?”... “Uma musa, a”, escrevendo-a na parede de giz... “Perdão”, diz ela de lamento... “Não existem mulheres que vivam mais a tua hora ou que deitem na tua inspiração”... E eu ouço de mim um talvez... "Talvez as palavras tenham chegado mesmo a um fim, as"... A morte e um esqueço, quem sabe... Mas nelas suponho que sempre a vivi, o desejo que é e não será... Será?...
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva