O mar espalha pelo corpo vago e uma vendedora de flores carne dança solta pela sala... Baía de maré parte, pela multidão o travo dela, o aroma dançado... Trincado sentido, pela fragrância de sentidos que vai, ondula e dança... E diz-se, ele apalpa as palavras numa roda de dizer... E diz-se, cheiro dessa cor... Lua cheia ao despertar, recorte de arco suspeito... Dita sabor de desenho, dita passo odor... O mar vai e mergulha fundo no corpo vago, espalha-se...
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva