E eu sofro em silêncio,
O grito que tu calas,
Que adentro no meu coração
É chaga se revelando,
Que nos olhos por se mostrar,
Também é silêncio meu,
Que farei silenciar.
E assim eu calo,minto,
Sobrando na saudade
O que ficou por fazer,
Atentos reparos,
Silêncios por palavras
E palavras por silêncios,
Que agora se firmam
E são imensos no sofrer.
Não sorrias amor,
Não penses sequer em nada,
Que a tua voz seja apenas
Estes meus olhos velando-te,
E quando achares razão,
Desse teu calar tamanho,
Saibas tu então
O quanto ainda te amo.
Jorge Humberto
(16:08/Maio/08/03)