Poemas : 

RIOS FLUTUANTES

 
As águas que desabam, tantas,
Dos ícones da chuva, nuvens...
Em rios flutuantes, vastos,
Relíquia amazônica. Pranto
Que vem voando alto, solto,
Rasgando a atmosfera. Naves
Cruzando o território todo
Vertendo um choro denso, rude.

As mães rogando aos filhos mortos,
Nas lápides caídas, cruas...
As casas submersas, ruas,
Agora corredeiras fartas.
Pessoas que perderam tudo
E a lama que lhes cobre, ladra,
As últimas lembranças suas,
E incrédulos olhares nossos.


Frederico Salvo.


Direitos efetivos sobre a obra.
http://pistasdemimmesmo.blogspot.com/

 
Autor
FredericoSalvo
 
Texto
Data
Leituras
1440
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
2
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 15/01/2009 23:27  Atualizado: 15/01/2009 23:27
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11255
 Re: RIOS FLUTUANTES
As tragedias da natureza num retrato poetico muito bom.

Beijos