De castidade e pureza, um enlevo sublime
Fita deslumbrada os seres a lhe rodear
Sob as deliciosas sombras das frondes potentes
Ignora os vizinhos a lhe enamorar.
Pousa leve e amena sobre uma pedra
Os gansos agitando a água a fascina
A relva morna e macia oscula seus pés
A brisa deleitosa afaga seu rosto de menina.
Frenética e gélida desce a água translúcida
Com muito carinho alisa a grama que a margeia
Daria tudo para alisar aquela moça na pedra
Refrescar seu corpo, servir-lhe de ceia.
As flores multicoloridas riem-lhe joviais
Pedindo sua beleza e seu aroma
Pois a sua formosura excede à das flores
Porque é natural, sem retoque, sem soma.
A visão se perde maravilhada
Fitando a quietude dos gansos mansos e sutis
Na sua alvura bela e requintada
Vê a cor da natureza e sente-se feliz.
JOEL DE SÁ
14/01/2008.